1. Motivação: Em comunhão com as Diretrizes para a Formação dos Presbíteros da Igreja no Brasil (n.299-307), o Conselho de Formação da Diocese de Ilhéus, assumiu como parte integrante da formação integral dos nossos futuros presbíteros a formação e a experiência missionárias a partir de um processo formativo e gradual.
Isto porque “a Teologia Missionária nos confirma a exigência kenótica, ou seja, o esvaziamento de si sem perder a identidade e com gratuidade na relação com o outro, de maneira a acolhê-lo como o outro é. A Espiritualidade Missionária nos convoca a assumir a dinâmica do discipulado missionário no contexto atual e globalizado, exigindo passos bem concretos: ver, escutar, conhecer, caminhar e conviver com o outro à luz da Palavra de Deus. No que toca à História Missionária da Igreja no Brasil, nos permite perceber que o encontro da cultura afro, indígena e européia nos proporcionou um novo jeito de ser Igreja e de assumirmos a evangelização encarnada na realidade” (centro cultural missionário. CNBB).
Deste modo, em sintonia com o ano formativo em preparação ao Jubileu diocesano e refletindo sobre os desafios da caminhada missionária da Igreja de Ilhéus em âmbito social, cultural, ecológico, econômico e eclesial com base na identidade e missão de Jesus na perspectiva da Boa Nova do Reino de Deus, assumimos o compromisso com a missão que deve acontecer no aqui e no agora da nossa história centenária que vai além de todas as fronteiras. Sendo assim, há uma exigência dinâmica do missionário seminarista de ir ao encontro da alteridade, superando todo o tipo de individualismo, fundamentalismo e indiferentismo. Pois, ser missionário significa “sair dos nossos quintais” para ir ao encontro do outro, de modo especial os mais pobres que somam milhões de seres humanos excluídos do sistema selvagem e neoliberal.
Sendo assim, conclamamos a todos, o bispo, os presbíteros, os religiosas(os), os leigos(as) e, sobretudo, os nossos seminaristas a promoverem meios e oportunidades para despertar não apenas a consciência e ações missionárias de todos os batizados (as) (AG 39), em conformidade com o envio do missionário de Jesus (Mc 16,15), mas, sobretudo, a “dar-nos de nossa pobreza” para a evangelização ad gentes em nossa própria Diocese.
2. Objetivos: A formação pastoral missionária dos nossos seminaristas no processo formativo deseja ajudar os nossos formandos a:
a) Crescer na assimilação das atitudes do Cristo, Bom Pastor, no seguimento de sua missão (PDV, n.12) e no cultivo dos mesmos sentimentos do Mestre (Fl 2,5);
b) Crescer no compromisso pessoal com o Povo de Deus e na caridade pastoral;
c) Experimentar a comunhão com a vida do povo, com as comunidades de fé, com agentes de pastoral e com os presbíteros;
d) Educar-se para o exercício fiel e amadurecimento das responsabilidades do pastor, desenvolvendo as necessárias habilidades para tanto (PDV, n. 58);
e) Promover o contato e diálogo com as outras expressões religiosas da Igreja Católica e com outras confissões religiosas, numa atitude ecumênica e de diálogo interreligioso;
f) Ser fermento de transformação da sociedade, pelo testemunho e ação solidária, na promoção da justiça, da fraternidade e da paz;
g) Experimentar o diálogo com as pessoas e setores influentes da sociedade (formadores de opinião, artistas, intelectuais, políticos...);
h) Capacitar-se para uma visão de conjunto da ação pastoral-missionária da Igreja;
i) Adquirir o espírito missionário e a consciência da prioridade da evangelização (At 1,8; PO, n. 10; PDV, n.32);
j) Exercita-se na dinâmica evangelizadora da Igreja toda ministerial, de modo a promover a efetiva participação do laicato na vida da comunidade e na missão da Igreja, superando atitudes clericalizantes (DFPIB, n.140-151).
3. Estratégias/meios: A formação missionária será guiada por uma metodologia pastoral adequada e eficientemente planejada, acompanhada, avaliada e celebrada.
a) Duas experiências missionárias por mês (2ª e 4ª. fim de semana – de sexta à domingo).
b) O programa da experiência missionária:
Sexta–feira: ______/______/______
19:30h – Celebração Eucarística
20:30h – Reunião com a comunidade (planejamento participativo?)
21:30h – Repouso
Sábado: ________/_______/______
07:00h – Oficio de Nossa Senhora
07:45h – Café (missionários (as)
09:00h – Visitas aos enfermos e bênção das famílias.
(Formação dos leigos (as), confissão e unção dos enfermos nas casas)
12:00h – Almoço
14:00h – Visitas aos enfermos e bênção das famílias
(Formação, confissão e unção dos enfermos nas casas
16:00h – Encontros catequéticos com os jovens e as crianças
18:30h – Jantar
19;30h – Celebração Eucarística
20:30h – Encontro de formação (continuação)
21:30h – Repouso
Domingo:______/______/______
07:00h – Ofício das comunidades
07:45h – Café
08:30h – visitas as família e encontros catequéticos.
(Formação. confissão e unção dos enfermos nas casas)
11:00h – Celebração Eucarística de encerramento.
12:00h – Almoço de confraternização com a comunidade e os missionários (as).
c) 50%(?) das coletas das missas ficarão para o COMISEI (Conselho Missionário do Seminário de Ilhéus).
d) Avaliação da comunidade (pequeno relatório após cada experiência)